quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Como ter uma ideia criativa

Gostei muito de um post sobre criatividade que acabei de ler no blog da agência The Escape Pod, de Chicago. Não é nada novo, mas é algo que vale sempre a pena rever
.[creativity0747.jpg]

Segundo o texto, as pessoas com ‘trabalhos normais’, que não são explicitamente criativas na sua vida diária, acabam tendo, geralmente, uma ideia distorcida do que é ser criativo. O autor to texto, que não se identifica, diz que sabe disso, pois já foi assim. Ele contou que, antes, enxergava criatividade como algo ligado às artes, como pintura, música, etc.

Para esclarecer o significado da palavra ‘criatividade’, ele foi no Latim e viu que suas origens significam ‘pensar’, e não brincar ou desenhar. Ser criativo, segundo ele, é simplesmente ter ideias, pensar sobre as coisas. Podem existir encanadores criativos, contadores criativos, pois criatividade é ter ideias.

Um ótimo exemplo apresentado é o do Richard Branson, da Virgin, considerado uma das pessoas mais criativas do mundo dos negócios. ‘Ele olha para categorias existentes – companhias aéreas, indústria musical, etc – enxerga o que está sendo feito de errado e pensa em uma ideia para melhorá-las. Isso é criatividade. ’, diz o texto.

Aí vem a pergunta: como ter ideias criativas?

O primeiro passo apontado pelo autor é: defina o problema real que você está tentando resolver. Ele complementa dizendo que nem sempre o real problema é óbvio, e pode demorar pra ser encontrado. A parte mais importante é buscar a solução para o problema certo. Eu complemento dizendo que – como acredito que a maioria já sabe – esta é uma das principais tarefas de qualquer planejador. O que dificulta pra muita gente é que, a maioria pula essa parte ou aceita, sem pensar, a definição do problema entregue por alguma outra pessoa (daí a importância de questionar, e muito, o briefing do cliente, as pesquisas; e, para a criação, questionar o que é passado pelo Planejamento). 

O segundo passo apontado é reunir toda a informação relevante para o problema. Sò então, no terceiro passo, é hora de começar a pensar em ideias. Pensar nas soluções depois de ter um objetivo bem estabelecido é essencial, pois é ele que direciona o que terá que ser feito. Parece simples, mas não é. O grande erro é partir direto à etapa final, diz o autor. Ir direto à execução, sem pensar antes, tem tudo para levar à busca por algo errado, que não funcione. ‘É como correr atrás do rabo’, diz o post.

Para ilustrar, ele faz uma analogia entre criatividade e o disparo de uma arma: ‘preparar, apontar, fogo!’. E convida o leitor a prestar atenção em quanto tempo é dedicado a cada etapa. ‘Preparar, apontar’ deveriam levar muito mais tempo do que o disparo, que é bem rápido. Mesmo assim, afirma, o impulso acaba levando a maioria direto ao ‘fogo!’.

O ‘preparar’, diz o texto, é a resposta para as perguntas: Qual é o problema real? Que efeito preciso conseguir?

O ‘apontar’é pensar sobre o primeiro estágio. Responder à pergunta, ‘Qual são todos os fatores que impactam aqui? ‘, pode ajudar.

O ‘fogo!’ é o estágio de ter a ideia. O lance final.

As primeiras duas etapas, coloca o autor, devem ser feitas com uma mente bem aberta – não-crítica e não-analítica – sem nenhum pensamento de execução. Focar na execução pode paralisar o pensamento. Ao invés, sugere, é preciso focar no que queremos alcançar e abastecer a mente com material bruto para a formação de ideias: os fatos ‘chatos’, exemplifica, as dinâmicas ao redor do problema, e o efeito desejado. O importante dessa etapa, é que, sem notarmos, o inconsciente já começa a trabalhar na busca pela solução certa.

Ele conclui o texto dizendo que o pequeno segredo da criatividade é que as boas ideias não vêm da mente consciente e de, ansiosamente, roer unhas e andar de um lado para o outro, como é mostrado nos filmes. Só que primeiro, diz, ‘você tem que dizer ao seu inconsciente que você precisa de uma ideia e alimentá-lo com os dados necessários’

Nenhum comentário:

Postar um comentário